Acordei acelerado. Às vezes acontece.
Desde então já pensei em tanta coisa
que me cansaria para uma semana.
Ainda bem que pensar é diferente de
fazer.
Eu não li essa manchete … é que eu
lembrei mesmo:
20 anos do dia que parou o mundo. (Em
11 de setembro de 2001, dois aviões comerciais sequestrados por terroristas da
Al-Qaeda atingiram prédios nos EUA etc).
Eu trago comigo essa coisa de
referenciar, linkar, relacionar, lembrar ...
Eu escolho datas especiais. Como
escrever hoje.
Mas eu não queria escrever sobre a
tragédia, mas sobre a plasticidade do nosso cérebro que nos permite esquecer
para lembrar.
E a gente consegue esquecer porque essa
plasticidade é incrível. Tanto o primeiro amor, quanto os sofrimentos das
mortes dos nossos pais.
Tanto o gosto do beijo daquela pessoa
especial quanto o malogro de um casamento desfeito.
Creio que tudo tem um lugar bonitinho
no nosso cérebro. Um lugar que a gente determina e que a memória sabe onde
está, e sabe que vale a forma como a saudade foi registrada.
Se sou capaz de abrir a gaveta do
passado e dizer que aquilo foi bom, ou não, eu digo que essa plasticidade é
sobre ser livre. E acordei com gosto de beijo na boca.
E pensei em anotar que quero estar vivo
para ler uma notícia qualquer. Ou só lembrar.
E daqui a 20 anos comemorar que
sobrevivi.
Amém!

É o tempo que passa rápido ou somos nós que lembramos bem demais de algumas coisas? rs
ResponderExcluirSe não tivéssemos essa memória vasta e maleável não seríamos humanos. Pena vc não estar mais nas redes. Tb postei sobre o dia 11 no dia 12 e perguntei às pessoas o que elas lembravam. Foi bem bacana.
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