sábado, 11 de setembro de 2021

20 anos do dia que parou o mundo

 



Acordei acelerado. Às vezes acontece.

Desde então já pensei em tanta coisa que me cansaria para uma semana. 

Ainda bem que pensar é diferente de fazer.

 

Eu não li essa manchete … é que eu lembrei mesmo:

 

20 anos do dia que parou o mundo. (Em 11 de setembro de 2001, dois aviões comerciais sequestrados por terroristas da Al-Qaeda atingiram prédios nos EUA etc). 

 

Eu trago comigo essa coisa de referenciar, linkar, relacionar, lembrar ...

Eu escolho datas especiais. Como escrever hoje.

 

Mas eu não queria escrever sobre a tragédia, mas sobre a plasticidade do nosso cérebro que nos permite esquecer para lembrar.

E a gente consegue esquecer porque essa plasticidade é incrível. Tanto o primeiro amor, quanto os sofrimentos das mortes dos nossos pais.

Tanto o gosto do beijo daquela pessoa especial quanto o malogro de um casamento desfeito.

 

Creio que tudo tem um lugar bonitinho no nosso cérebro. Um lugar que a gente determina e que a memória sabe onde está, e sabe que vale a forma como a saudade foi registrada.

 

Se sou capaz de abrir a gaveta do passado e dizer que aquilo foi bom, ou não, eu digo que essa plasticidade é sobre ser livre. E acordei com gosto de beijo na boca.

 

E pensei em anotar que quero estar vivo para ler uma notícia qualquer. Ou só lembrar.

E daqui a 20 anos comemorar que sobrevivi.

Amém!


2 comentários:

  1. É o tempo que passa rápido ou somos nós que lembramos bem demais de algumas coisas? rs

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  2. Se não tivéssemos essa memória vasta e maleável não seríamos humanos. Pena vc não estar mais nas redes. Tb postei sobre o dia 11 no dia 12 e perguntei às pessoas o que elas lembravam. Foi bem bacana.

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