Já vou avisando: Escrevi um texto em três partes.
Pra compensar, no final vou colocar umas referências e umas fotos.
-Escreve sobre mim, ela falou. Eu sou uma pessoa interessante, completou.
É mesmo! Pensei cá com meus botões.
No mesmo instante me veio à memória aquela foto dentre as fotos de grupo que guardo, é uma das minhas favoritas e foi tirada na casa dela por ocasião de um encontro de aniversário. Então falei isso pra ela. Acho uma bobagem mas falei:
-Sabe, Fabi, tenho anotado aqui que um dia vou escrever sobre aquela foto que foi tirada na sua casa? lembra? acho que era seu niver.
É que a partir de uma foto eu penso em muita coisa. Minha mente divaga.
E querendo escrever sobre a Fabiana, em seguida sobre uma curiosidade da fotografia, eu preciso antes falar do grupo: um grupo de amigos que costumavam se encontrar de vez em quando _ lá pelos idos de 2010 a 2015.
Havia um apartamento grande, um verdadeiro QG onde a turma se reunia no bairro do Ipiranga, onde eu morava com Antônio.
Foram várias fotos (depois eu mostro) e vários encontros
que preciso contextualizar e voltar ao passado. Remexer.
Conheço poucos grupos assíduos nos encontros como aquele que foram minha inspiração nos filmes do passado. Minha coisa de gostar de grupos está relacionada à minha adolescência. Pré-adolescência na verdade (1977 aproximadamente).
(tempo tempo tempo tempo)
Os filmes da Beach Party (turma da praia) formaram minha ideia de adulto: quando crescer vou ter uma turma de surfistas.
Tive uma turma fantástica do colégio, uma turma interessante na faculdade. Nunca uma turma de surfistas.
Importa saber que este grupo do QG do Ipiranga era relativamente assíduo.
Quase sempre sou o mais velho da thurma. Rolava umas interações tão estranhas quanto naturais. O ideal mesmo era fazer um livro.
Ed e Antônio - os anfitriões são donos da casa e da razão.
Jeff e Rogério - os primeiros a ser convidados e nem sempre os primeiros a chegar.
Maurício e Edgard - uma dupla que participava diferentemente quando havia um só.
Rose e Ana Flávia - razões para dançar qualquer tema ou discutir qualquer filme.
Danilo - o camarada discreto, misterioso que apresentava as namoradas como uma amiga.
Fabiana antes de Luis Inácio - mais desbocada mais arroz de festa
Fabiana depois de Luis Augusto - mais senhora de si. Virou Fabiana por ela mesma.
E os amigos de amigos, os que vinham de vez em quando, os que vinham para as festas: Lucia e Marcelão, André e Edilson, Milone e Maurício, Camilinha, Renata ...
Se me pergunto para quê tanta gente? Pondero que rolava muita conversa bacana.
Muita discussão acalorada e muito ponto de vista.
Um papo muito comum era: “você é amigo do seu ex?”
Fabiana não era. Ela não concordava.
Um dia me confidenciou que até entendia, mas não, não queria.
-Pra mim não! Acabou? Acabou! Não quero ver ele com a ex dele. Entende?
-Hum, então é por causa dos seus ciúmes. Retruquei
-Acho que sim! Mas …
Então alguém interrompeu nosso papo na cozinha. Rolava muito papo na cozinha.
Continuamos depois. Falei pra ela.
E era sempre assim.
Fabi não estava em todos os encontros, mas quando estava marcava presença.
Como tempero, como pimenta. É uma advogada que não carrega o clichê que eu costumo dar a alguns profissionais (para mim todo corretor é mentiroso, todo engenheiro é racional demais, todo psicólogo é chato). Fabiana é alguém que você pode ligar para perguntar como fazer o inventário da sua família, depois da morte da mãe, … sabe?
Ela nasceu no Maranhão do sotaque bonito. Dessas pessoas que vão chegando devagar como nós mineiros. Sabe essas meninas que vão morar com a tia na cidade grande e acabam se perdendo? Pois a Fabiana não!
Lembro de cenas engraçadas como a briga com Camilinha no meio da rua na virada cultural. E lembro o dia que tive que sair na varanda pra dizer para ela falar baixo por que os vizinhos não precisavam saber sua estória com o tal ex-namorado "superdotado".
E tem o fato de todo mundo falar errado de propósito o nome do seu marido Luiz Fernando e eleS não se importarem (a maioria das pessoas detesta que errem seus nomes).
Enfim, acho curioso que anos depois ainda rola uma cumplicidade bacana, apesar de que naquela época a gente raramente falava em particular.
Você deve ter alguém assim na família. Alguém que está lá.
Que se mantém querido e sempre que encontra você acha legal.
E você pode falar e sabe que pode contar.
Essas certas pessoas conseguem transmitir uma credibilidade diferente.
Então ela perguntou-me sobre a foto: O que tem de diferente naquela foto?
Ahh, eu falei rindo … Naquela noite eu estava sem cueca _ estava com a cueca no bolso.
-Como assim? (espanto).
… continua
Mau querido! Quantas histórias, risadas, músicas, vinhos, Flips, viradas... saudades demais dos nossos encontros...
ResponderExcluirCada dia melhor.... E ainda me fez verter lágrimas, mas deve ser a cerveja rs. ❤️❤️❤️❤️❤️🍺🍺🍺
ResponderExcluirhauhauhauahuahuahuhauha
ResponderExcluirSe o Antônio chora, eu dou risada! Culpa desse final parcial, mas tb de lembranças com a Dra. Fabiana, essa personagem poucas vezes coadjuvante rs